- Então, onde moras e que tal a tua casa?
- Ah, moro ali no Bairro Gótico. A casa não é muito grande, dá para um pátio interior, até nem gosto muito que seja assim, mas tem a vantagem de poder estender a roupa numa coluna romana!
Deve ser este o diálogo entre as pessoas que vivem nestas janelas. Eu, que sou da terra onde o temos tão bem conservado e sobre o qual nem se pode andar, encontro desta vez na minha estadia em Barcelona o que resta de um templo romano, assim, completamente engolido pelo poder construtivo do homem.
Quando me esqueço por que gosto tanto desta cidade, nada como voltar e tudo faz sentido de novo.
Desta vez fiquei na rua onde tinha ficado na primera vez que lá estive, não no Hostal Fernando, mas, curiosamente, no hotel onde estavam umas raparigas que conhecemos nesses dias porque lhes tinham entrado no quarto e roubado os documentos e dinheiro. A minha experiência foi boa, não me parece que uma mochila com meias, cuecas e t-shirts interesse a alguém...
Além dos dias intensos de trabalho e de apresentações, das visitas aos centros e associações houve tempo ainda para bons almoços (às 3 da tarde, hora a que os parceiros holandeses costumam jantar), uma visita guida pela Ciutat Vella, encontrar amigos, ravalejar, tapear e vaguear pelas ruas do Barri Gotic antes de dormir, quando todos já tinham ido para os seus aposentos. A temperatura estava excelente, apetecia ficar numa qualquer praça onde jovens se reuniam, conversando e cantando.
E pronto, não queria muito ir, mas ainda bem que me incumbiram de tal missão.
Se alguém precisar de uma visita guiada, eu disponibilizo-me! :)
