Em território neutro

Antes da saída da rua, um recuo de 100 números para uma noite num dos melhores colchões do mundo!!

É precisamente disso que estou a precisar depois de 2 horas a subir e a descer escadas com sacos e mais sacos nos braços...

Um sono revigorante e amanhã casa nova!

Zen

Aqui estou, entre quatro paredes desprovidas de bens materiais, apenas com a cama, alguma roupa, o leitor de DVD (para a ouvir música), o puff e o computador.

São estes os elementos necessários à minha vivência nos últimos dias aqui. Percebo que quanto menos tenho, de menos preciso!

Apesar do vazio, o ambiente é agradável. Quente, bem musicado e relaxante para um final de fds que se revelou muito preenchido e bem rodeado.

Agora tudo se sente mais calmo...

De s a í d a . . .

A imagem que aqui vêem já é passado...

Aparentemente, o espaço continua preenchido, uma vez que os móveis se mantêm, mas é o vazio que os ocupa.

Ontem à noite iniciei a mudança. Foi com tristeza que o fiz, pois estes dias têm sido muito bons. Estou sozinha em casa, a aproveitar os últimos tempos de silêncio e paz, e nestes momentos a solo esqueço todos os motivos que me levam a sair. É necessário chamar-me à razão para que sentimentos nostálgicos não me assolem.

A mudança está marcada para Sábado, às 16h. Já tenho quase tudo arrumado. Desta vez decidi não deixar para 6f à noite. Assim custa menos e sempre tenho tempo para olhar todos os recantos, onde descubro a cada momento mais algum objecto esquecido.

Prá semana vou eu, quarta-feira.

Foram sete meses que passaram sem que os sentisse, pelo menos é a percepção que tenho neste momento. Parece que foi a semana passada que escrevi sobre a minha chegada...

Emoções vividas, umas menos boas, mas facilmente ultrapassáveis, que em momentos como este, de retorno à origem em que o espaço é todo meu, o balanço só pode ser positivo, senão a memória não teria ocultado tantas ocorrências!

Daqui levo o crescer de novas amizades, o convivio de perto com quem há muito já conhecia, a prova (mais uma vez) de que conseguimos muito mais do que esperamos de nós próprios, uma experiência de vida "nesta Lisboa que eu amo"...

Por agora, sinto saudades. Só o tempo me permitirá saber o que verdadeiramente vivi aqui...

Cidade Histórica vs. Cidade Contemporânea

(Londres, Dezembro 2005)

"... As cidades são geografias vivas, estruturas com uma longa duração, sobretudo as cidades históricas, as cidades europeias."

in Geografias Vivas

Paisagem

(Barcelona, Maio 2005)

"... a paisagem significa terra e céu, ou noutros termos, a consciência de ser e de habitar entre ambos."

in Geografias Vivas

Fotossensibilidade

Auto-diagnostiquei há uns anos que tenho fotossensibilidade. Se não é isso, é algo parecido, uma vez que o excesso de luz, quer natural, quer artificial, me incomóda muito.

Hoje, talvez aliada ao cansaço, olhei para umu luz e passei uns momenos menos bons...

Estados inversos ao tempo

Ontem o dia estave bonito, alegre, quente, primaveril, mas eu sentia que a qualquer momento ia chover do meu interior. Tudo correu mal, desde que me deitei até que me voltei a deitar (é o que dá terminar o dia já no seguinte).

Hoje, contrariamente, o céu estava cinzento, chuveu, fez frio, mas eu sentia-me bem luminosa.

Resolvi tudo (quase) o que antes me deixara triste.

Uma grande tempestade de nuvens baixas nem sempre nos deixar vislumbrar o mais alto dos céus azuis...

Dias de vento

Os dias pela capital são ventosos...

O frio chegou e a chuva ameça a qualque instante.

Os últimos dias foram de temperaturas amenas (para a época), o que levou as pessoas a sentir que a Primavera estava a chegar. Mas enganaram-se...

Com este vento, sei quem gostaria de andar por aí a voar com uma só asa. E eu não me importava de lá estar também para os ver!

Que saudades da praia...

Dia de reflexão pessoal

Gosto destes dias de reflexão pessoal.

Tratar do corpo exercita a mente e estabelece prioridades. Os objectivos são para se cumprir. Se a determinação faz falta, que actue em todas as direcções.

Almoço às 5 da tarde e café pela noite dentro em conversas com amigos clarificam as ideias.

Amanhã referenda-se e a semana começa mais cedo. Há que aproveitar, o tempo urge!

Em directo

Atravessando a planície alentejana, aqui fica o primeiro post em movimento!

[A foto não é do momento porque o material não o permite...]

Objectivos

(Salamanca, Dezembro 2006)

As experiências por que vamos passando ao longo da nossa existência levam-nos, constantemente, a definir prioridades, evitar determinados contextos, desejar outros e ter certezas que, num breve instante, poderão deixar de o ser.

Somos obrigados a pensar sobre o "presente breve" quando o "presente actual" evidencia claras incertezas. No entanto, em todos os momentos sabemos o que queremos, ou não, para esse presente breve, vulgalmente chamado de futuro.

Neste momento, o meu desejo, realizado através do pensamento, balança entre a concretização de dois objectivos: no que quero trabalhar e onde quero morar.

Sabendo que é o trabalho que sustenta a vivência, o desejo de onde viver poderá levar a um estado de mera sobrevivência. A opção entre o cá no (possível) indesejado e o lá no (desajustado) realizado leva a estados dúbios de (in)certeza.

Quem vencerá? Eu, se conseguir um 2 em 1! :)

Lisboa - Évora de comboio

Anda por aí um anúncio que convida os jovens casais apaixonados a irem a Évora de comboio... bla, bla, bla... abraçados no Tempo Romano... bla, bla, bla... e foram muito felizes...

Ilusões, apenas ilusões! Não vale a pena uma viagem tão longa, mais tarde ou mais cedo acabará.... Casamentos e desfazamentos é o que está na ordem do dia.

Peixes

Este fim-de-semana confirmei que o meu peixe tem uma forma peculiar de estar na vida.

Depois de ter passado parte do Verão a fazer umas sestas "deitado" nas pedras ou atrás da pequena vegetação que tem no seu habitat artificial (desde já deixo claro que sou contra ter animais em cativeiro, mas foi-me oferecido e não o podia devolver ao mundo pelo esgoto...), o meu peixe agora dorme (se é que os peixes dormem) de cabeça para baixo e barriga para cima, como se estivesse a flutuar!

Ora, eu chego ao pé do aquário para lhe dar as boas noites e dou com o peixe de barbatanas para o ar!!! Fiquei sem saber o que fazer, pensei que estava a boiar e que tinha ido desta pra melhor... meu pobre peixinho... Mas toquei no aquário, ele deu a volta e pôs-se a nadar. De manhã volto à cozinha a meio do meu sono matinal e lá estava ele na mesma posição, no mínimo estranha.

Em conversa com a minha mãe, percebi que ele agora gosta de passar parte do tempo assim, tem os seus cantos preferidos e fica horas nessa posição... Continuo a achar estranho, mas como nunca convivi com outro animal da mesma espécie, fico sem saber se será um comportamento normal ou não.

Talvez isto diga muito sobre mim... Será?

Afinal, apesar de vivermos em elementos diferentes, somos ambos peixes!