N2 - o regresso

Odeceixe.

O rio e o mar, entre a areia e o sol, à tarde, sem pensar - dormitar.

A passagem, que se antevia breve, apenas para conhecer e partilhar memórias, acabou por ser o nosso porto de abrigo na última noite, antes do regresso a Lisboa.

Finalmente, um café com "quartos", junto à praia, que tudo tinha para ser o local calmo de final de férias, mas que deixou de o ser quando nuestros hermanos chegaram a este pequeno recanto.

Oitos na areia, lanche no terraço, jogos na praia, jantar no café, carioca de limão e as habituais notícias do dia na blogosfera.

Assim foram, boas férias.

N2 - dia 5

Chegaámos ao destino: Faro.

Num dia melancólico, colorido pelas giestas da Serra, numa espécie de consciência interior despertada pela música, cumprimos os 738 km da N2.

O dia mais curto alongou-se noite dentro.

Por agora, nada mais sei. Apenas que gostei.

Espero que tu também.

N2 - dia 4

Hoje a viagem foi uma pérola, daquelas que, uma vez agarradas, nunca mais temos vontade de largar... Atravessado o Alentejo de Norte a Sul, parámos em Aljustrel, depois de Ferreira do Alentejo não nos ter aceitado, onde fomos acolhidos no albergue dos trolhas, num quarto com vista para o Moinho.

O Alentejo passou rápido, a planície ajuda a que a média Km/h aumente, ainda que as paragens para falar com quem está a olhar para a estrada tenham sido, só no dia de hoje, mais do que em todos os outros até aqui.

A abordagem junto das pessoas tornou-se mais fácil, mais directa e rapidamente se criaram laços passageiros de conversa. Fomos um deles. E eles foram muitos mais do que queríamos.

Amanhã completamos a última etapa, os já menos de 150 km finais, que deixam saudades. Mas, até lá, ainda muitos há para percorrer, conhecer e aceitar, tal como hoje.

N2 - dia 3

Hoje tudo foi difícil, até a escolha da foto...

Mas ao terceiro dia chegámos a meio da viagem. Os nossos objectivos diários foram largamente superados, dada a dificuldade em reconstruir o percurso de uma estrada que já não existe em nenhum mapa actual, mas que ainda assim conseguimos encontrar com a ajuda do velho (mapa).

Ao contrário do final da tarde de ontem, que nos deixou uma imagem agradável de Santa Comba Dão, onde à noite tomámos um copo na Casa da Cultura e acabámos a bater records no Trivial da máquina de jogos, a manhã de hoje foi cinzenta, deixando prever que se tornassse negra.

A chuva caiu, a estrada desapareceu, o carro hesitou, as pessoas não apareceram, as curvas não nos deixaram, o humor lá melhorou e conseguimos chegar a Abrantes, para além das expectativas do início da jornada e bem antes da hora que poderíamos pensar.

Agora estamos instalados na melhor residencial do centro e vamos jantar no mais barato e melhor restaurante da cidade.

Amanhã é mais um dia. Por hoje, já está.

N2 - dia 2

Hoje foi um dia simpático. Depois das badaladas da Sé de Lamego escutadas hora a hora durante a noite, a manhã acordou soaleira e o sol aqueceu a boa música que fomos ouvindo No Ar ao longo da viagem.

Descobrimos que a N2, entre Viseu e Tondela, teve o seu primeiro tapete em 1938, que este que aqui vêem tem já 30 anos e vários nos confirmaram que se a seguirmos vamos parar ao Algarve.

Amanhã pensamos atingir o centro geodésico de Portugal e cumprimir metade do percurso. Mas à velocidade média de 40Km/h será uma viagem longa.

E é assim por aqui.

N2 - dia 1

Começámos a descida de Chaves a Faro. Ao longo dos primeiros cento e poucos kms fomos reajustando objectivos, captando experiências e encontrando pérolas da estrada.

Há já alguma coisa para contar, mas deste primeiro dia deixo apenas o testemunho de que estamos a caminho.

Por aqui é tudo. Há mais no outro sentir...

N2 - a partida

No Porto, paragem necessária por motivos secundários, planeados, e que nos levaram a adiar umas horas a descida Norte-Sul.

Na janela do Café Aviz espero o meu companheiro de viagem. Daqui vejo a torre da Av. dos Aliados, onde daqui a pouco estaremos para um concerto de Abril, ou não. Depois um copo pelos bares da zona, ainda em aberto.

À partida, nada se sabe, tudo se espera, tudo se quer e para pouco teremos tempo. A estrada é companheira, ela nos dá e ela nos selecciona o que deverá, de facto, ser aceite. E é esse o verbo.

Concordas?

Entre cá e lá

(Rio Tejo, Abril 2009)

Isto de viajar em trabalho não é só para Barcelona e São Paulo... Ontem lá fomos nós para Almada.

A pretexto da N2, para a qual estou de partida e ainda com as malas por fazer, pus um rolo na minha quase esquecida máquina e fui terminá-lo a Cacilhas.

Aqui fica, uma vista de Lisboa, sobre o Tejo, com o guy a ver cacilheiros... :)

Sim, outra vez!

Regresso a Barcelona, desta vez sozinha no primeiro dia, mas acompanhada nos dois seguintes.

De novo em trabalho, mas com tempo livre suficiente para uns planos extra: tarde de passeio com amiga, cinema à noite, Bairro Gótico para procurar a prenda não esperada de um amigo e fotos quando o boss chegar.

Alguma coisa que queiram de lá, é só avisarem. Será entregue no domicilio após boa cobrança. ;)

Plano de férias

Se viajar, seja em que cirscunstâncias for, é o que mais tenho feito nos últimos meses, isso não invalida que continue a pensar nas reais férias.

Assim, Portugal de norte a sul está confirmado já para o final do mês, os Açores aguardam confirmação de data e NYC talvez seja trocada por uma visita a outros amigos...

E depois disto não deve haver "tempo" para muito mais...